domingo, 26 de julho de 2009

Emoções Estragadas

Bem...domingos pra mim andam sendo dias de leituras e reflexões. Nunca achei que domingos pudessem ser tão interessantes...rs...Pq lendo, me redescubro!

Hoje, mais uma vez lendo Martha Medeiros, sou obrigada a mais uma vez concordar com o que ela diz sobre o período da adolescência em nossas vidas, em seu texto "À Deriva": Pais preferem acreditar que adolescentes só enxergam o próprio umbigo, quando na verdade os moleques são providos de uma antena de alcance supersÕnico. Só que eles ainda não possuem as ferramentas necessárias para racionalizar sobre o que estão descobrindo. Então SENTEM. SENTEM FEITO BICHOS, SENTEM FEITO DOIDOS, SENTEM COM 100% DE POTENCIA EMOCIONAL. E ainda são taxados de rebeldes sem causa, quando causa é o que mais lhes sobra.

Imediatamente lembrei dos meus 'sonhos adolescentes'...rs...emoções puras! Mas nem tanto voltados para o amor. Era a casa, o carro, viagens, tatuagens...tudo que me representava a liberdade!
Mas, raios! A emoção atropelou uma a uma !
O certo , pela sociedade, era amar,sofrer, casar, parir, amar mais, amar menos, não amar mais...
Mas no meu caso, foi de trás pra frente!Bingo! A emoção me ferrou!
Será ?

Hoje deparo-me também com outra leitura. Sobre congelamento de óvulos a fim de garantir uma gravidez tardia. "A possibilidade de parar o tempo, é fascinante", diz um médico. Mas, aí eu me pergunto: PARA QUE PARAR O TEMPO ?

Eu nunca disse que não queria filhos. Mas também nunca disse que se não os tivesse, seria infeliz.

Será que rola emoção nesse lance de congelar óvulos ?

E sem emoção, o que a razão faz de nós ? Uns Chatos ? É...uns chatos!

E pais chatos, terão filhos chatos, que farão do mundo um lugar chato. É! mais chatos que eles!
Seremos sempre uns chatos enquanto tivermos razão!

Tô preferindo o "melhor ser feliz a ter razão", sabe...

Em tempo: Coslovsky (um médico que provavelmente deve ser um chato!) diz que no Brasil, as mulheres congelam óvulos quando já estão estragadas.
Há! É por isso que eu amo o Brasil !

Estragadas ? Estragadas estão as suas emoções , Coslovsky!

(Escrevo ao som de DINDI, Gal Costa...presente do presente que é a Daniela Sim...
Por favor: comentem com emoção! rs
Beijos meus, Quê)

domingo, 19 de julho de 2009

Vai ficar no meu corpo...







Fazer é uma tatuagem é uma vontade que tenho há mais de 10 anos...mas acabei adiando por vários motivos...rs

Mas, agora, na era balzaca, a era do 'tudo ou nada', me decidi e entrei em fase de planejamento.

Penso em borboletas ou estrelas ou um beija flor. Ando salvando umas imagens bem legais que penso em fazer...rs


Ah...e andei lendo algumas coisas tbm...recomendo esse site:http://www.abril.com.br/tatuagem/

Comentem o que acham das imagens...vão me ajudar bastante! rs

beijos! Quê

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Visita das águas

O GLOBO 2009
MIRIAM

LEITÃO

PANORAMA ECONOMICO


• Perdi o voo do colhereiro. Por um segundo.
Cochilei na canoa que descia o Rio Negro. Aquele cochilo nunca ocorreria no meu cotidiano de trabalho, em que justamente àquela hora estaria na corrida para entrar ao vivo no "Bom Dia Brasil".
Esta frase, "perdi o voo do colhereiro", me persegue desde então. Eu a escrevi há quase quatro anos, numa coluna que abandonei.

Ficou nos meus arquivos,solta, no ar. Um fato, que me pareceu maior que todos,atravessou o país naquele junho de 2005 e pensei que não fazia sentido uma coluna assim tão calma.

As manhãs no Pantanal são de beleza estonteante.Nada parece haver mais
eterno que o canto e o voo dos pássaros nas matas que beiram as águas.
A beleza entorpece.
São tantos,de diferentes cores, tamanhos e sons, que os biólogos que nos acompanhavam tentavam combater nossa ignorância de forasteiros dizendo os nomes e contando novidades de cada um.
São 650, os pássaros do Pantanal.
Muitos estão apenas de passagem; a água está de passagem.
Vou me deixando acalmar por aquele espetáculo de começo do mundo.

Lieo, o barqueiro, vai por um lado do rio, depois pelo outro, escorrega em contornos e desvios de algo que não vejo.

— É preciso 1er o rio — avisa o barqueiro, aos que estranham a forma de levar o barco em curvas eventuais como numa estrada imaginária. Lê também os ares; sabe os nomes das aves.

As águas estavam começando a baixar e o rio minguava em alguns pontos, virando apenas uma flor d'água. O que não vejo, e Lieo lê, são os bancos de areia que podem encalhar a canoa. Entre tantos outros, quis ver o voo desse pássaro grande, de cores vivas e mutantes, e cujo adulto tem um bico largo e achatado como uma colher: o colhereiro. Perdi seu voo no cochilo breve, que me informou que eu estava em estado de descanso e paz naquele paraíso.

Esta é a coluna que não escrevi. Nela falaria da minha visita ao Pantanal, na Fazenda Rio Negro, da Conservação Internacional. Das conversas com biólogos apaixonados por seus animais a tal ponto que assumem suas parti-
cularidades. Um jovem especialista em morcego virou notívago, Os especialistas em mamíferos se sentiam mais poderosos.
Os protetores das onças se sentiam na escala superior de sua espécie.

No domingo, houve um evento na fazenda.
Vizinhos, pequenos produtores, os trabalhadores das fazendas próximas passaram o dia na Rio Negro. É o dia do "Onça Social". Jovens médicos e dentistas dão atendimento à população. É parte do movimento que paga pelo gado que a onça tenha eventualmente comido. Assim, os fazendeiros e pequenos proprietários, indenizados, se comprometem a não matar a onça. Conheci muita gente interessante naquele "Onça Social", ninguém
mais que Marina e Lucas. O casal, descendente de suíços, tinha ido morar lá para tomar conta da Fazenda Barranco Alto, da família, e criar, naquele mundo diferente, as pequenas filhas.

Marina me mandou um e-mail que ainda guardo. É do dia 1 de julho de 2005.
"Hoje acordamos para mais um dia em que a Natureza nos deixa sem palavras.
Os ipês-roxos decidiram florir em grande fartura. Na semana passada, pudemos
observar uma onça-pintada durante 30 minutos, a dez metros de distância. Desde então, Letícia (a nossa mais velha), que estava conosco no barco, está ouvindo onças por todos os lados. Ela ficou quietinha durante as duas horas que ficamos na espreita do animal. A onça apareceu três vezes e na terceira deitou, caçou moscas com a boca, deu um show de rainha da selva.
Então, caso aconteça um milagre e a situação se acalme (difícil depois de tanto escândalo), venha tirar uns dias tranquilos aqui no mato com a gente."

Essa coluna que faria foi atropelada por um escândalo tão grave que tornou aquela conversa calma sobre rio, barqueiro, onça, colhereiro, tudo, fora de tom.
Como se alguém fosse me perguntar: falar disso numa hora dessas?

O escândalo surgiu na segunda-feira, dia 6 de junho, na entrevista de Roberto Jefferson sobre o mensalão. Eu estava começando a escrever: "perdi o voo do colhereiro", quando vi o jornal. Depois vieram as CPls, os depoimentos e acareações em madrugadas intermináveis, as revelações de publicitários, banqueiros e políticos de que bancos distribuíam dinheiro vivo aos políticos nos seus caixas ou em quartos de hotel. Parecia o prenúncio de uma radical faxina nos costumes políticos, com novas práticas, reformas, punições, transparências. Abandonei a coluna pantaneira e fui analisar o escândalo. Os anos seguintes mostraram que nada mudou. Vieram outros, e outros escândalos.
O senador Jarbas Vasconcelos agora diz verdade cristalina e os políticos torcem para que tudo se acabe no carnaval.

O Pantanal continua lá.
Está cada vez mais ameaçado por produtores de carvão, pelas siderúrgicas, pelo gado e pela soja. Perde matas diariamente. Está sendo devorado por uma economia atrasada que não respeita seu valor, não acredita em sua fragilidade.
Por que foi mesmo que entendi que um escândalo de Brasília merecia mais atenção do que o voo do colhereiro, que as poucas onças que ainda passeiam por lá, que as ameaças ao Pantanal? Lá é o ponto de encontro de outros biomas. O desmatamento no cerrado e na Amazónia também ameaça suas águas visitantes.
Por que foi que abandonei a coluna que escreveria sobre o Pantanal? Sinto que perdi mais que o voo do colhereiro.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Você é aquilo que ninguém vê...

"...Você é os brinquedos que brincou,
é os nervos a flor da pele, os segredos que guardou,
você é sua praia preferida, aquele amor atordoado que viveu,
a conversa séria que teve um dia com seu pai,
você é o que você lembra...

Você é a saudade que sente da sua mãe,
o sonho desfeito quase no altar,
a infância que você recorda,
a dor de não ter dado certo,
de não ter falado na hora,
você é aquilo que foi amputado no passado,
a emoção de um trecho de livro,
a cena de rua que lhe arrancou lágrimas,
você é o que você chora...


Você é o abraço inesperado,
a força dada para o amigo que precisa,
você é o pêlo do braço que eriça,
a sensibilidade que grita, o carinho que permuta,
você é a palavras dita para ajudar,
os gritos destrancados da garganta,
os pedaços que junta,
você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo,
você é o que você desnuda...

Você é a raiva de não ter alcançado,
a impotência de não conseguir mudar,
você é o desprezo pelo o que os outros mentem,
o desapontamento com o governo,
o ódio que tudo isso dá,
você é aquele que rema, que cansado não desiste,
você é a indignação com o lixo jogado do carro,
a ardência da revolta,
você é o que você queima...

Você é aquilo que reinvidica,
o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta,
você é os direitos que tem, os deveres que se obriga,
você é a estrada por onde corre atrás,
serpenteia, atalha, busca,
você é o que você pleiteia...

Você não é só o que come e o que veste.
Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê.
Você é o que ninguém vê..."


(Martha Medeiros)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O tal CUBO MÁGICO


Se você, assim como eu (Quê), ainda não se conformou por nunca ter conseguido montar o cubo mágico, aqui vão algumas dicas:


Sobre o Cubo de Rubik
O cubo mágico também é chamado também de cubo de Rubik. Esse brinquedo é um famoso quebra-cabeça tridimensional internacionalmente reconhecido. Ele foi inventado no ano de 1974 pelo húngaro Ernõ Rubik.
O Cubo de Rubik é um cubo geralmente confeccionado em plástico e possui várias versões, sendo a versão 3×3x3 a mais comum, composta por 54 faces e 6 cores diferentes, com arestas de aproximadamente 5,5 cm. Outras versões menos conhecidas são a 2×2x2, 4×4x4 e a 5×5x5.
É considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, atingindo um total de 900 milhões de unidades vendidas, bem como suas diferentes imitações. É possível atingir 43.252.003.274.489.856.000 (43 quintilhões) combinações diferentes.
Aqui vc encontra várias dicas: http://www.montarcubomagico.com.br/
E há também vários vídeos no You Tube, como esse aqui :
http://www.youtube.com/watch?v=_ZQ5ds5Lanw